A Polícia Civil prendeu 34 pessoas, nesta quinta-feira (16), na primeira fase da Operação Ábaco, com foco numa quadrilha de agiotagem que funcionava em diversos estado do país. Os presos na ação eram os responsáveis por cobrar as dívidas do grupo. Eles foram encontrados na Região Metropolitana do Rio em uma operação com mais de 200 agentes.

“Foi descoberto no decorrer da investigação que os escritórios de agiotagem no Rio de Janeiro optaram por terceirizar a mão de obra criminosa, a parte mais agressiva e violenta”, conta o delegado Luis Henrique Marquês.

A quadrilha se expandiu os negócios pelo país, abrindo escritórios de agiotagem em quatro outros estados: Ceará, Santa Catarina, Espírito Santos e Minas Gerais.

“Foi constatado que a pessoa que adquiria o empréstimo em escritórios de agiotagem no Rio de Janeiro pagavam o empréstimo com juros abusivos, acima do que foi pego. E mesmo pagando, esse grupo continuava a cobrar”, explica o delegado.

A investigação apurou que, em caso de não pagamento da dívida, os criminosos agiam de forma violenta até com os familiares das vítimas. No caso das cobranças de dívidas pagas, eles alegavam que o dinheiro foi entregue a pessoa errada, chegando até a invadir a casa dessas pessoas.

Guilherme Andrade Aguiar, o Macarrão, foi preso no início deste ano em Minas Gerais, mas ainda assim o grupo continuou com o esquema de extorsões, com movimentações financeiras acima dos 70 milhões.

Os presos irão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, agiotagem e extorsão.